Brancos são os dias,
nessa sua pele embranquecida pelo verde dos seus olhos, pela infantil
frequência da voz que voa ao telefone e sua correria brilhante de entrar e sair
das palavras que passam valente e rapidamente pela minha tela.
Depois daquela
turbulência de emoções jogadas na águas do rio das mentiras, o dia foi acabando,
numa tarde sombria que entrou pela noite escura no calor gelado da selva.
Uma noite longa que
parecia ter 100 horas, lá pela nonagésima quinta hora da noite; começou a
clarear, foi mudando de cor, foi clareando, foi mudando, e foi sarando e acabando acabou.
Cicatrizou! quase não
ficou cicatriz, mas deixou a sequela do
silêncio.
Quando dei por mim
havia em minha frente uma luz clarinha e um sorriso de muitos dentes.
Uma luz de festa, uma
luz de coisa boa, bem branquinha.
Revoluções de preocupações
e impossibilidades a parte, o olho do furação trouxe você e as mesmas sensações
boas da sedução e quereres, mas de uma forma diferente: um remédio para as
dores de dentro e as de fora.
A pureza carregada da
simplicidade que emociona, do cheirinho que ainda não senti, os pezinhos que
ainda não vi e da pele que que ainda não toquei, e mesmo assim tudo já fez tão
bem.
Se não houver posse nem
obsessão, sobra carinho e emoção, imaginando uma coisa muito boa, livre da
carne enganosa que um dia amargou.
O desejo
de ver a mulher que te habita é agora muito limpo; nada do que venha
acontecer ou que não venha acontecer, vai mudar a emoção e o sentimento, nunca haverá
de se cobrar nada e se exigir nada.
O que
será dado por emoção e querer terá o sabor bem melhor.
Essa luz
Branquinha mesmo longe, me deixa feliz, e clareou bem por aqui onde estava
escuro e sujo.
Tudo que
ainda não aconteceu já é inesquecível.
Campinas - Brazil/2013
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